Durante esse mês, inspirados pela campanha “Outubro Rosa”, dedicamo-nos a falar sobre autocuidado e desmistificar alguns pontos importantes sobre isso.
Realizamos uma série de vídeos através de nossas redes sociais (https://www.instagram.com/torrespsicologiacps/) e agora queremos compartilhar com vocês algumas das nossas principais reflexões.
Mas afinal… o que é autocuidado?
Em princípio, entende-se como simplesmente cuidar de si mesmo.
Porém, precisamos analisar muito bem que tipo de cuidado é esse.
Por vezes, é difícil entendermos quais as nossas verdadeiras necessidades, justamente para poder atendê-las.
É muito comum acharmos que precisamos de algo quando, na verdade, precisamos de outra coisa.
O autocuidado não pode existir sem o autoconhecimento.
É importante também levar em conta que autocuidado não é sinônimo de autossuficiência.
Por isso, é válido buscar ajuda quando necessário.
Se entendemos a importância do autocuidado, por que temos a tendência a negligenciá-lo?
Vivemos uma tradição cultural de que o olhar para si costuma ser visto como uma espécie de egoísmo.
Nesse sentido, a atitude nobre seria apenas a que prioriza o olhar e o cuidado para com o outro, o que não contempla o autocuidado.
Quando focamos em nossa relação pessoal, aí sim podemos compreender e lidar de forma mais saudável com as pessoas à nossa volta.
Sobre a campanha “Outubro Rosa” e o Autocuidado.
É muito importante propagar a mensagem desta campanha, pois ela tem um objetivo bem definido e ajuda muitas mulheres a se atentarem à sua saúde e ao seu próprio corpo. Este é um tipo de autocuidado que pode repercutir para muitos desdobramentos existenciais, o que vai além do cuidado físico e colabora para a ressignificação da vida. Vale a pena destacar a importância do SUS nesta campanha, que proporciona a realização de muitos exames e acompanhamentos às mulheres.
Há vários países desenvolvidos, que possuem serviços de saúde público mas que não disponibilizam o acesso a exames preventivos às mulheres (mamografia, por exemplo) e aos cidadãos em geral.
Existe angústia no autocuidado?
Pode parecer estranho falar sobre angústia quando o assunto é autocuidado.
Porém, ela existe e, muitas vezes, se manifesta através da cobrança social que envolve esse tema. Nos últimos anos, este assunto tem ocupado lugar de destaque nas mídias sociais.
Muito se fala sobre a importância de cuidar de si mesmo.
Mas… e quando esse cuidado não é possível?
É preciso mais que apenas desejo para promover um autocuidado de qualidade.
Muitas questões cercam a possibilidade de concretização do autocuidado, como, por exemplo, condições financeiras, rede de apoio, serviços de atenção à saúde, alimentação e até mesmo disponibilidade de descanso.
É aqui que destacamos a importância da implementação de políticas públicas que contemplem as necessidades da população e proporcionem condições para esse autocuidado.
A angústia pode se apresentar quando queremos realizar algo mas não nos são fornecidas as condições necessárias para isso.
Em que formas de autocuidado podemos pensar?
Existem várias formas possíveis de autocuidado.
Isso é subjetivo, pois cada pessoa deve perceber suas próprias demandas.
Algumas delas são:
- Autoconhecimento e identificação de suas reais
- necessidades;
- Conseguir delegar tarefas;
- Construir uma rede de apoio na qual haja confiança;
- Respeitar o tempo de desenvolvimento das outras pessoas;
- Respeitar a liberdade do outro quando delegamos a ele alguma atividade; as pessoas são livres até para negarem a ajuda;
- Expressar seus limites nas relações e aprender a dizer “não”.
Por fim, vale a pena destacar que o autoconhecimento e o autocuidado devem ser valorizados durante todo o ano, conte conosco nessa busca.
31/10/2024